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Bancada feminina da Baixada almeja mais espaço na política. Atualmente formada por quatro mulheres no Legislativo, candidatas lutam para ampliar representação da Região.

Jô Feital, Rosângela Gomes, Claise Maria, Janira Rocha, Andreia Zito e Eliane Rolim:
juntas pela causa femininaFoto: Daniel Castelo Branco / Agência O Dia
Partidos diferentes, ideologias também. Mas todas com uma meta em comum: aumentar a bancada feminina da Baixada na Assembleia Legislativa e na Câmara dos Deputados. Com quatro mulheres no Legislativo — apenas uma em Brasília —, o pelotão rosa quer pegar carona na disputa acirrada para a Presidência da República entre Dilma (PT) e Marina (PSB) e aumentar a presença do ‘sexo frágil’ na política.

Dos 70 deputados estaduais, 12 são mulheres — três da região. Quando a comparação é na Câmara, a diferença chama ainda mais atenção. Dos 46 representantes do Rio, apenas um quarteto é de deputadas. Já nas câmaras municipais, há apenas 18 entre os 214 vereadores.

Nesta eleição, pelo menos 40 candidatas de sete partidos (PT, PSDB, PMDB, DEM, PRB, PSD, PT do B e Psol) estão concorrendo. Com quatro mandatos consecutivos na bagagem, sendo dois estaduais e dois federais, Andreia Zito (PSDB), de Duque de Caxias, é a única mulher da região em Brasília.

A candidata acredita que a falta de visão da necessidade de mais mulheres no Parlamento e no Executivo é um desafio a ser enfrentado. “O problema é que a mulher ainda não tem noção de sua importância dentro do meio político. Basta ter iniciativa e perseverança que consegue”, afirma Andreia Zito.


Falta de incentivo, uma das barreiras apontadas
Em Belford Roxo com a retirada da candidatura do ex-vereador
Jacó do PT, decisão é apoiar Benedita da Silva, na foto
ao lado de Rosângela Gomes do PRB.
A deputada estadual Claise Maria (PSD) é outro exemplo de quebra de paradigmas. Ela foi a primeira mulher da Baixada a assumir uma secretaria de Estado no Rio de Janeiro, ocupando a pasta de Trabalho e Renda até março de 2014. “As mulheres precisam de mais espaço em todas as profissões e na política não é diferente”, destaca.

Para a deputada estadual Janira Rocha (Psol), a movimentação dos setores sociais é fundamental para mudar a realidade. “Se a mulher já começa criminalizada dentro da sua própria casa, como vamos transformar isso em postos de trabalhos?”, indaga.

Rosagela Gomes, ao lado do ex-presidente Lula e do
Senador Marcelo Crivella.
Já a deputada estadual Rosângela Gomes (PRB) comenta que o número reduzido de mulheres na política se dá principalmente pela herança histórica brasileira. “Não quero que o Parlamento tenha mais mulheres e menos homens. Quero que pelo menos seja igual”, afirma.

A ex-deputada federal Eliane Rolim (PT do B) ressalta que não há incentivo. “A mulher já provou que tem força e condições de administrar”, enfatiza.

Jô Feital (PRB), que vai tentar uma vaga pela primeira vez, garante: “falta vontade de lutar para conseguir aumentar a bancada feminina”.
Fonte: O Dia/FELIPE CARVALHO

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