Em seu primeiro dia de campanha, o candidato ao governo do Rio pelo PRB, Marcelo Crivella, fez uma caminhada pela feira de Campo Grande, na Zona Oeste da capital fluminense. O candidato ouviu neste domingo demandas de comerciantes e aproveitou para cumprimentar possíveis eleitores. Sem ter conseguido fechar aliança com qualquer outro partido para sua candidatura, Crivella não se considera isolado.
— Como posso me sentir isolado se estou em primeiro lugar nas pesquisas e em último na rejeição? Eu estou animado — disse.
Fiel aliado do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o ex-ministro da Pesca acredita que o petista atuará como um “magistrado”, de forma isenta, no primeiro turno, já que aliados têm candidatos próprios no Rio de Janeiro. Para ele, no entanto, será diferente no segundo turno:
— Quem for da base aliada e conseguir ir para o segundo turno provavelmente contará sim com a presença dele.
Aproveitando a ocasião de estar num bairro da Zona Oeste, Crivella prometeu investir na geração de emprego e renda no local.
— Temos 27% da população do Rio morando na AP-5 (Área de Planejamento 5), mas só 7% dos que moram aqui têm empregos formais. É preciso gerar mais empregos. A Gerdau, por exemplo, está dobrando sua capacidade de produção de vergalhão. A CSA também. É preciso que essas grandes empresas se articulem para a construção de um parque industrial para adensar a cadeia produtiva. O governo do estado não está investindo como se deve nas zonas industriais de Campo Grande e Santa Cruz, e é isso o que eu vou fazer. Vou investir na geração de emprego e renda.
Com postura típica de políticos em corpo a corpo durante campanha, Marcelo Crivella distribuiu apertos de mãos, abraços, promessas ao pé do ouvido dos moradores, além de beijos em crianças apresentadas pelos pais.
Percorrendo a Feira de Areia Branca em Belford Roxo. |
Em Belford RoxoCrivella percorreu a Feira de Areia Branca onde recebeu o apoio dos comerciantes e as reivindicações da Baixada.
Na caminhada, Crivella conversou com moradores belforroxenses, recebeu reivindicações acerca do abandono da região pelo governo do estado e ressaltou a questão da falta d’água. Ele estava acompanhado da deputada estadual Rosangela Gomes e do vereador Wilson da TV.
Percorrendo a Feira de Areia Branca em Belford Roxo. |
“Precisamos colocar água na Baixada e isso eu vou fazer tirando a água que está hoje no caminhão-pipa e colocando nas adutoras de redistribuição. É um absurdo a Baixada não ter rede de redistribuição. A água que chega até aqui vem de caminhão-pipa explorando nosso povo que tem que pagar por um serviço que já tinha que ter na porta da sua casa – e encanado – há muito tempo. Quando a água não está na rede de redistribuição das adutoras e está no carro-pipa, quem entra pelo cano é o povo”, alertou Crivella, após seguiu para Nova Iguaçu. Aos moradores surpreendidos com a sua presença, Crivella prometeu atrair empresas envolvidas na exploração do petróleo de pré-sal para o entorno do Eixo Metropolitano.
— Eu quero trazer empresas do pré-sal para o entorno do Eixo Metropolitano. O que fosse produzido aqui seria escoado pelo Porto de Sepetiba. Vou garantir a geração de emprego para a Baixada Fluminense.
Ao longo de sua caminhada pelos bairros do Rio, Marcelo Crivella afirmou que concentrará esforços para melhorar os índices de saneamento básico tanto da Zona Oeste quando na Baixada.
Percorrendo a Feira de Areia Branca em Belford Roxo. |
— Quem vive na Zona Oeste costuma fazer de Mangaratiba a sua praia, mas lá não tem saneamento. Fim de semana é um horror. E na Baixada precisamos tirar a água do caminhão pipa e levar para as galerias de abastecimento de água. Nem que eu tenha que tirar de tirar sal da água do mar, mas eu vou trazer água para a Baixada.
Em nenhum momento das caminhadas, o candidato do PRB ao Palácio da Guanabara fez críticas à atuação do atual governo na área de segurança pública. Crivella escalou um time na área de segurança pública para sua candidatura. Seu vice é José Alberto da Costa Abreu, ex-comandante da 1ª Divisão do Exército, responsável pelo esquema de segurança do Papa Francisco quando esteve no Rio em julho do ano passado para a Jornada Mundial da Juventude. Como primeiro suplente, o escolhido foi o coronel Paulo César Amendola, primeiro comandante da Guarda Municipal, criada em 1993 pelo então prefeito Cesar Maia (DEM).
Sem o apoio de outros partidos, o tempo de televisão de Crivella fica em torno de 1 minuto e 30 segundos. A campanha do senador e ex-ministro da Pesca custará cerca de R$ 9 milhões.
Fonte: O Globo/ Eliane Ovalle – PRB/RJ
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