Estação de Belford Roxo ganhará uma unidade do Projeto Casa Lilás. |
Ideia é abrir centros de atendimento, creches e cursos profissionalizantes.
Num momento em que os casos de estupro ultrapassam o número de homicídios no Brasil (50.617 ocorrências contra 47.136 assassinatos em 2012), o Rio vai liderar um projeto pioneiro no mundo para evitar esse tipo de crime e, de quebra, fortalecer a situação econômica das mulheres. Numa parceria entre o Banco Mundial e o governo do estado, as 107 estações de trem e teleféricos da SuperVia vão receber, até o fim de 2014, centrais de computadores com informações úteis às vítimas de violência sexual. Além disso, serão construídos ou reformados três centros de atendimento à mulher nas proximidades de estações, e cinco delas (Belford Roxo, Santa Cruz, Japeri, Vila Inhomirim e Guapimirim) vão ganhar serviços como creche, farmácias populares, cursos profissionalizantes e centrais de emprego.
Imagem Ilustrativa. |
— A ideia é aproveitar a infraestrutura que já existe na estação para fazer com que a mulher tenha acesso a todos os serviços de que necessita ali, evitando que ela perca tempo e se arrisque a sofrer algum tipo de violência se deslocando — conta o colombiano Boris Utria, idealizador do projeto e coordenador-geral de Operações do Banco Mundial no Brasil, órgão internacional que já investiu mais de US$ 1 bilhão em obras da SuperVia.
Em parcerias com as prefeituras do Rio e dos outros 11 municípios atendidos pela SuperVia, as Casas Lilás terão creches com 50 vagas, em horário integral, para crianças de até 6 anos; escolas de capacitação profissional; centros de oferta de empregos; e postos de saúde para as mulheres. A ideia, segundo Adriana, é atrair a iniciativa privada para que farmácias e supermercados, entre outros estabelecimentos, sejam construídos ou na estação (se possível) ou em seus arredores:
— Acreditamos que uma mulher mais bem informada e mais capacitada para o trabalho é menos suscetível à agressão.
Fonte: O Globo
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