TRE e o Exército fizeram uma operação para fiscalizar propaganda eleitoral proibida na Maré Foto: Fábio Teixeira |
O plenário do Tribunal Regional Eleitoral aprovou, por unanimidade, o pedido de ajuda da Força Nacional de Segurança para garantir a normalidade da campanha eleitoral deste ano. Foi criada comissão formada por três desembargadores eleitorais e três advogados para acompanhar, junto aos partidos e candidatos, a atuação das forças de segurança nas favelas ameaçadas.
Antes da chegada das tropas, o plenário do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), em Brasília, deve decidir se aprova o pedido do Rio. Em seguida, o governo federal analisa como o pedido será atendido.
Na última segunda-feira, a Secretaria de Segurança encaminhou ao TRE um relatório apontando a interferência na segurança da campanha em 41 favelas. O texto também aponta políticos que têm passe livre nas favelas. Das 16 citadas, quase a metade (sete) tem nomes do PMDB.
Na Gardênia Azul, em Jacarepaguá, predominam as placas do candidato a deputado estadual Domingos Brazão (PMDB). O texto afirma que “fontes confiáveis indicam que tais grupos atuariam na coação das pessoas que residem naquelas localidades como forma de impedir o pleno gozo dos direitos políticos”.
— Na Gardênia, há material de todos, mas alguns só aparecem na eleição e, por isso, nos recebem de maneira diferenciada — justificou Brazão.
A REPERCUSSÃO COM OS CANDIDATOS
Lindbergh Farias, senador e candidato do PT a governador:
“Foi decisão acertada, e pode influenciar muito a eleição de deputados. Tenho escutado muitos relatos que em algumas áreas só há campanha de candidatos do PMDB.”
Marcelo Crivella, senador e candidato do PRB a governador:
“A presença das forças será de grande importância para reforçar a segurança dos eleitores e garantir legitimidade.”
Anthony Garotinho, deputado e candidato do PR a governador:
“É mais uma demonstração de que o Estado perdeu o controle da situação”
Fonte: Extra Online
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