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Castelo do General Miller em Heliópolis é demolido.

Quando a preservação passa muito além do simples tombamento
Castelo do General Miller da década de 50 em Heliópolis foi vendido para Empresa de Ônibus Vera Cruz.

Para preservar o patrimônio de uma cidade, é preciso tombá-lo? Edifícios históricos, obras relevantes, manifestações culturais locais, espaços verdes, sítios arqueológicos, conjuntos e equipamentos urbanos dependem apenas do Estado para continuar intactos?

Maria Lúcia Bressan Pinheiro, professora da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP, é categórica ao responder: tombamento e preservação do patrimônio histórico não são sinônimos, apesar de ser essa uma ideia vigente no Brasil, e nem só belos monumentos devem ser preservados. "A preservação é muito mais abrangente que o tombamento. Ela envolve um conjunto de medidas, que vão desde intervenções físicas no bem cultural até políticas públicas, destinadas à manutenção do patrimônio para as futuras gerações - e o tombamento é só uma delas, muito embora represente o primeiro passo, pois não temos uma cultura preservacionista arraigada."

Castelo deveria ter sido tombado como patrimônio histórico da cidade pelo poder público na época.
Segundo ela, existe uma hierarquia de necessidades - alimentação, emprego, saúde - que faz com que "as pessoas nem parem para pensar que há um passado, com coisas esteticamente bonitas, que contam a nossa história e as nossas origens". Por outro lado, persiste uma certa apatia em relação à preservação, no país, e tudo acaba ficando a cargo do Estado. Muitas empresas e indivíduos mal concebem uma atividade lucrativa em uma casa tombada, e, no entanto, "um empreendimento como um restaurante ficaria muito mais charmoso ali", opina.

Blog do Lote XV:
A poucos dias atrás nos deparamos, ao passar pela Av. General Miller em Heliópolis, bairro de Belford Roxo, com uma visão que nos deixou aterrecidos, era nada mais nada menos que, o Castelinho do General Miller sendo demolido, e logo veio aquelo sentimento de impotência, por não poder fazer nada, aliás nem daria tempo pois já estava quase todo no chão. Não faz muito tempo e os moradores da região haviam realizado uma manifestação no local cobrando a reforma do mesmo que na administração municipal anterior havia utilizado como sede da Vigilância Sanitária e depois foi abandonado as moscas.
Castelo já fazia parte da história do município de Belford Roxo.
Eu fico pensando será que um estacionamento, um prédio de apartamento ou outra coisa qualquer como uma garagem de ônibus, vale mais do que a nossa história, moramos em uma cidade discriminada, criminalizada, esquecida e ignorada, entretanto temos uma história que poderia ser contada ou escrita de outra maneira, foi uma grande perda pra nossa cidade. (segundo informações o Castelinho foi comprado pela empresa de ônibus Vera Cruz a 2 anos e pretende construir uma Garagem para seus veículos no local).
Leia matéria completa no link abaixo.
http://www.valor.com.br/cultura/2981642/quando-preservacao-passa-muito-alem-do-simples-tombamento#ixzz2JEKSNQd1

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