APA do Barro Vermelho: Paraíso ecológico abandonado em Belford Roxo.

A "imensa" Lagoa chama atenção de quem passa pelo local.

Esta semana agentes ambientais da Secretaria Municipal do Meio Ambiente de Belford Roxo estiveram realizando uma vistoria em vários pontos da cidade onde visitaram postos de monitoramento de ar, traçados de rios e canais urbanos, com destaque para localização da nascente do Canal do Outeiro em São Vicente importante afluente da cidade que é responsável pelo deságue dos bairros de Vila Pauline passando por Santa Marta, Maringá, Roseiral, Jardim do Ipê, Parque Colonial, Parque Amorim e com sua Foz no Lote XV na Estação de Bombeamento.

Importante passo para a recuperação do Canal do Outeiro e de sua nascente, que possui ainda uma placa indicativa do local que encontra-se totalmente depredado numa construção em formato de piscina contendo pastilhas de azulejo azuis antigo com uma cerâmica contendo a foto de uma santa que pode Nsa Sra de Fátima, o que reforça ainda mais as teses pois aparentemente seria uma construção muito antiga, talvez antes de 1900, o Canal tem sua "canalização em gabião" prevista para o Projeto Iguaçu/PAC2 e também está previsto no projeto a recuperação das áreas de nascentes dos rios da Baixada.

Os agente também vistoriaram as áreas definidas como APAs Áreas de Proteção Ambiental, onde estiveram nos bairros Babi, Maringá, Roseiral e após visitaram o bairro Barro Vermelho onde puderam observar o estado de abandono e calamidade no entorno da APA Barro Vermelho e de sua "imensa" Lagoa natural, com água cristalina, apesar dos lixões espalhados em sua margem e entorno, o que não impede a garotada que se diverte e toma banho na lagoa enquanto solta pipa nas proximidades.

Também definido pela SEMAS como "O 1º Ecoparque do Brasil com espécies nativas da Mata Atlântica" a APA do Barro Vermelho encontra-se completamente abandonada e esquecida, o que é lamentável pois com certeza a maioria da população da cidade desconhece o local que poderia se tornar uma magnífico parque municipal e uma gigantesca área de lazer onde todos poderiam usufruir e em complementação a preservação do local trás uma melhor segurança ambiental numa época onde espaços vagos tem, cada vez mais, se transformado em grande empreendimento imobiliário sem levar em consideração a necessidade de preservação e respeito a natureza o que agrava cada vez mais as condições de risco de inundações e ou secas provocados pelo desequilíbrio do ecossistema das regiões em questão.

Em outubro de 2011 as Prefeituras de Duque de Caxias, Nova Iguaçu e Belford Roxo discutiram a criação da Área de Proteção Ambiental do Alto Iguaçu, com 22 mil hectares onde aconteceu uma consulta pública com a participação do Instituto Estadual do Ambiente no auditório da Firjan de Nova Iguaçu, Unidade do Senai.

A preservação das áreas de alagamentos com a criação da APA, vai contribuir para evitar as enchentes na região. Duque de Caxias terá a maior área, 60%. Nova Iguaçu terá 35% e Belford Roxo 5%.

Matéria exclusiva do Blog do Lote XV.