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Zito pode resolver a crise do lixo em Caxias levando tudo para Belford Roxo.

A 15 dias do fim do seu governo, o prefeito José Camilo Zito dos Santos (PP) demonstrou, ontem, mais uma vez que corria o risco de terminar seu mandato sem garantir a limpeza de Duque de Caxias. Apesar das promessas de regularizar a coleta de lixo, que não foram cumpridas mesmo com determinação da Justiça, o prefeito foi a público pedir ajuda. E o auxílio pode vir de Belford Roxo, que passaria a receber o lixo da cidade vizinha, que não o enviaria mais a Seropédica — numa operação que, segundo a prefeitura, estaria prejudicando Caxias.

Ontem à noite, o secretário estadual do Ambiente, Carlos Minc, disse que poderá ser dada autorização emergencial à Prefeitura de Caxias para o transporte do lixo para o aterro sanitário de Belford Roxo. Uma vistoria será feita hoje para avaliar se o trajeto proposto para a passagem dos caminhões não causará impactos à população.

Segundo Minc, a Prefeitura de Caxias foi avisada, em setembro do ano passado, sobre o fechamento, em abril deste ano, do Aterro de Gramacho — só aconteceu em junho. Mesmo assim, afirmou Minc, a Prefeitura do Rio pagou por cinco meses o transbordo do lixo de Caxias para Seropédica — distante 66 quilômetros. E Zito terá ainda mais 30 dias para regularizar a estação de Figueira, usada como transbordo.

— Repudiamos essa vitimização do prefeito de Caxias, que não fez o seu dever de casa. Mesmo assim, não podemos penalizar a população, que está convivendo com uma crise sanitária por culpa do prefeito — disse Minc.
Pela manhã, Zito fez um apelo às autoridades e anunciou a possibilidade de a cidade entrar em estado de calamidade sanitária, caso a autorização para usar o transbordo em Figueira não fosse prorrogada:
— Não há problemas com a coleta. Nosso problema é o transbordo. Gastamos R$ 3 milhões a mais por mês do que gastávamos antes do fechamento de Gramacho.
Uma das sugestões do prefeito Zito seria que parte do lixo de Duque de Caxias fosse levado para o Centro de Tratamento de Resíduos (CTR) de Bongaba, em Magé.
— Se conseguíssemos autorização, poderíamos jogar algumas toneladas de lixo em Magé, porque fica mais perto dos nossos distritos — disse Zito, durante a entrevista em que anunciou a possibilidade de decretar estado de calamidade sanitária, caso a autorização para transbordo do lixo em Figueira não fosse dada pela Secretaria do Ambiente, que busca uma solução em Belford Roxo.
Em nota, a assessoria de imprensa de Magé informou que o CTR, administrado por uma empresa privada, não teria condições de comportar o lixo de Caxias, pois já teria alcançado seu limite mensal, segundo o Instituto Estadual do Ambiente (Inea).
Zito também pediu ajuda a autoridades municipais e estaduais para solucionar a questão do lixo em Caxias. Por mês, a empresa Locanty recebe, segundo Zito, R$ 6 milhões da prefeitura:
— Não há problemas com a coleta. Pagamos a Locanty em dia. Nosso problema é o transbordo. Gastamos R$ 3 milhões a mais por mês do que gastávamos antes do fechamento de Gramacho.
Fonte: Extra Online/G1

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