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Projeto Papai Noel dos Correios atende alunos de escola municipal em Caxias.

Canetinhas e lápis de cor desenham no papel branco desejos antigos, que possivelmente não seriam atendidos no Natal, por conta das condições financeiras.

Muitas crianças do Parque Vila Nova, em Duque de Caxias, mais conhecido como Favela do Lixão, já nem acreditam mais em Papai Noel, depois de tantos pedidos sem retorno.

— Nunca ganhei um presente de Natal — diz Maria Clara Andrade, de 8 anos.

Ela, assim como seus amigos, convive com a violência e busca um futuro melhor na Escola Municipal Ana de Souza Herdy, que fica dentro da própria comunidade. E foi justamente lá que suas esperanças foram renovadas.

Segundo a diretora da escola, Adriana Pereira, de 38 anos, através do Projeto Papai Noel dos Correios, os 296 alunos da instituição escreveram cartas. Cada um teve que pedir um presente de até R$ 100.

A iniciativa, que atende crianças de todo o Brasil, passou por uma mudança em 2009. Com isso, além da sociedade em geral, os Correios passaram a fazer parcerias com secretarias municipais de Educação para beneficiar alunos de algumas áreas carentes, com até 10 anos.

— Há um esforço para que, prioritariamente, as cartas de escolas sejam atendidas — diz Camila Silvestre, uma das coordenadoras do projeto Papai Noel no Rio.

À espera de um futuro diferente

A diretora Adriana Pereira se emociona aos falar dos alunos:

— Essas crianças são muito carentes. A chegada dos presentes simboliza a esperança de algo melhor.

Depois de escritas, as cartinhas seguiram para a Agência dos Correios de Caxias, onde mobilizou pessoas como o encarregado de tesouraria Ronaldo Martins, de 46 anos.

— Sou padrinho desde o início do projeto. Tive uma infância pobre, sei o que é querer algo e não ter — relembra Ronaldo.

A professora Pollyana Vieira Lopes, de 25 anos, embarcou na onda da solidariedade por influência da mãe, Sueli Rosa Vieira, de 54, que trabalha na agência de Ronaldo:

— É gratificante ajudar. Bom seria se essas crianças pudessem ter de tudo.

Apesar dos bens materiais pedidos, um desejo é ainda mais urgente para alguns deles:

— Queria deixar a favela, morar em um lugar mais calmo — sonha Gabriel Alves, de 9 anos.

Os alunos receberam os presentes no último dia 13, em uma festa na escola.
Fonte: Extra Online

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