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Operação prende 63 PMs suspeitos de receber propina do tráfico em Caxias.


Polícia ainda procura por quatro PMs suspeitos de participar do esquema. Comando do 15º BPM (Duque de Caxias) foi substituído após crise.
PMs presos em operação são transferidos do BEP para o Complexo de Gericinó (Foto: ESTEFAN RADOVICZ/AGÊNCIA O DIA/ESTADÃO CONTEÚDO)
A Secretaria de estado de Segurança informou que 63 PMs suspeitos de receber propina de criminosos, para não reprimir o tráfico de drogas, foram presos na "Operação Purificação", até as 17h, desta terça-feira (4). Os PMs eram do 15º BPM (Duque de Caxias). Após a prisão, o comandante do batalhão, tenente-coronel Claudio Lucas Lima, foi substituído por Maurício Faria da Silva.
A Justiça expediu 65 mandados de prisão, dos quais 61 foram cumpridos. Outros dois policiais foram presos em flagrante, portando arma com numeração raspada e outro com munição de fuzil. A polícia ainda procura por quatro PMs foragidos.
Por determinação da Justiça, os presos serão encaminhados para o presídio de Gericinó, na Zona Oeste do Rio. já que a Unidade Prisional da PM, o BEP, está interditada após a divulgação das fotos das celas luxuosas.

A investigação começou pela Polícia Federal em abril deste ano após ser detectado um esquema de corrupção entre policiais e traficantes.

Expulsos da corporação
De acordo com o Comandante Geral da PM, Erir Ribeiro da Costa Filho, todos os PMs serão expulsos da corporação. O comandante do 15º BPM (Duque de Caxias), tenente-coronel Claudio Lucas Lima, foi substituído por Maurício Faria da Silva.

"Esta é a segunda operação e a ordem com certeza é que virão mais ainda. O PM tem que ter a certeza que acabou a corrupção. Nós não vamos mais aceitar sermos humilhados por desvio de conduta praticados por alguns policiais. Temos um prazo de 15 dias e no máximo 30 para que eles deixem de ser policiais militares. O comandante do batalhão de Duque de Caxias já foi substituído pelo coronel Maurício ", disse o comandante.
'Arrego' de R$ 2,5 mil
Cada carro da PM recebia R$ 2.500 de arrego, por turno trabalhado, de pelo menos 13 comunidades da Baixada Fluminense.
Segundo o Ministério Público do Rio, o principal alvo dos policiais era a favela Vai Quem Quer, mas eles agiam também nas comunidades Beira-Mar; Santuário; Santa Clara; Centenário; Parada Angélica; Jardim Gramacho; Jardim Primavera; Corte Oito; Vila Real; Vila Operário; Parque das Missões e Complexo da Mangueirinha.
De acordo com investigações da SSINTE, PF e CI/PMERJ, os policiais militares não tinham um comando único e dividiam-se em 11 células autônomas. O MP denunciou os acusados pelos crimes de formação de quadrilha armada, tráfico de drogas, associação para o tráfico, corrupção ativa, corrupção passiva e extorsão mediante sequestro.
Fonte: G1

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