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Inocentes investe em nomes de peso para fazer bonito no carnaval do Rio.

O casal de mestre-sala e porta-bandeira está entre os mais experientes.
Lucinha Nobre e Rogerinho se empenham para retribuir carinho da escola.

O casal Rogerinho e Lucinha leva sua experiência para ajudar a Inocentes
de Belford Roxo conquistar boas notas.
Estreante do Grupo Especial do Rio, a Inocentes de Belford Roxo não está economizando esforços para se manter na elite do carnaval carioca. Ao contrário, para fazer bonito na avenida em 2013, o presidente Reginaldo Gomes investiu em nomes de peso para compor seu elenco. Manteve o carnavalesco campeão Wagner Gonçalves, trouxe o intérprete Wantuir e um dos mais experientes casais de mestre-sala e porta-bandeira: Lucinha Nobre e Rogerinho.

Carnavalesco e intérprete não trabalham sozinhos. Por isso, a responsabilidade do casal de mestre-sala e porta-bandeira é imensa. Afinal, os dois respondem sozinhos pelas notas de um dos dez quesitos em julgamento no desfile. Mas isso não chega a tirar o sono de Lucinha ou de Rogerinho. Afinal, depois de 16 anos na passarela, os dois se entendem por música.

Lucinha começou a desfilar em 1985 e em 1992 se tornou a primeira porta-bandeira da Mocidade Independente de Padre Miguel. De lá para cá, já carregou o pavilhão da Unidos da Tijuca e da Portela. Rogério Dornelles, o Rogerinho, não fica atrás, começou no samba em 1987 na escola mirim Estrelinha da Mocidade, até chegar a primeiro mestre-sala em 1995 na verde e branco de Padre Miguel. Lucinha e Rogerinho dançaram juntos na década de 90, se separaram por um tempo e voltaram a se reencontra em 2001. E, desde então, se apresentam juntos no carnaval.

“Em 2013, teremos uma responsabilidade diferente, maior. Pela primeira vez vamos desfilar na primeira escola do grupo a se apresentar. Temos obrigação de fazer um trabalho bacana por essa escola que nos acolheu com tanta emoção. Isso nos dá um gás a mais. Vamos colocar nossa experiência em favor da escola. A escola se sente mais importante por ter sambistas experientes e nós nos sentimos muito felizes de ver nosso trabalho reconhecido”, disse Lucinha.

Empolgada, Lucinha diz que já não sem mais aquele friozinho na barriga antes de pisar na Passarela do Samba. Para isso, faz questão de já sair maquiada de casa e chegar cedo ao Sambódromo para se arrumar com calma. Rogerinho diz que, em 2013, a ansiedade de outros vai passar longe da passarela.

“Existe um preconceito de achar escolas estreantes não têm estrutura. Mas a Inocentes é muito bem estruturada e organizada. A escola está focada no carnaval. Isso facilita muito na nossa concentração no trabalho”, disse Rogerinho.

Sem firulas
O casal, que coleciona inúmeras notas máximas e uma série de elogios dos jurados, segue ensaiando para não perder o passo no desfile. Segundo Lucinha, profissionalismo nunca é demais. Mostrar empenho é uma forma de demonstrar respeito pela escola.

“Somos um casal tradicional, não somos de fazer firulas, de inventar moda. Temos uma dança solta, sem muita coreografia, mas que demonstra o orgulho de exibir o pavilhão da escola. Temos um trabalho tão integrado que não costumamos aceitar convites para apresentações individuais para não atrapalhar nosso entrosamento. É isso que faz a diferença. Sempre precisamos aprimorar alguns passos de acordo com o enredo e a fantasia. Ensaiar é importante e estar presente na escola também”, afirma Lucinha.

“Sabemos que somos importantes para o Inocentes, somos um quesito. E estamos nos dedicando para retribuir na Marquês de Sapucaí, a importância que a escola tem para nós”, concluiu Rogerinho.
Fonte: G1

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