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De julho até agora, balas perdidas em dobro no Rio e na Baixada.

Ingrid, passista da inocentes uma das vítimas.
Enquanto duas pessoas morreram por bala perdida no primeiro semestre deste ano, de acordo com o Instituto de Segurança Pública (ISP), pelo menos quatro foram as vítimas fatais desta modalidade de crime de julho até agora, segundo um levantamento feito pelo EXTRA - três somente nos últimos 30 dias. No domingo, Manuel Ferreira, de 60 anos, estava num ponto de ônibus em frente à Rodoviária Novo Rio quando foi atingido por bandidos em fuga.

Segundo o “Relatório temático bala perdida”, publicado a cada seis meses pelo ISP, 59 pessoas (33 delas na capital) foram baleadas de janeiro a junho de 2012 - o que representa 8,9% do total de feridos por arma de fogo. Os dois homens mortos por bala perdida na cidade do Rio simbolizam 0,1% dos 1.442 homicídios por tiros no estado. Ambas as vítimas foram mortas na rua, na área de Bangu e Irajá, e em um dos casos acontecia uma operação policial.

Em agosto, o EXTRA mostrou que o número de vítimas de balas perdidas no estado aumentou 7% no primeiro semestre em relação aos seis primeiros meses de 2011.

Três casos em sequência

No dia 27 de julho, a estudante Bruna da Silva Ribeiro, de 11 anos, morreu após ser baleada durante uma operação do Batalhão de Operações Especiais (Bope) na Favela da Quitanda, em Costa Barros. No dia 20 de outubro, a aposentada Zeneide Maria de Lima, de 73 anos, foi ferida durante uma troca de tiros entre bandidos e policiais na Favela do Mundial, em Honório Gurgel. Três dias depois, a passista Ingrid Santos, de 22 anos, foi atingida por uma bala perdida no peito no bairro do Éden, em São João de Meriti.

Velório de Ingrid em outubro no cemitério Solidão.
Ingrid foi baleada durante uma perseguição de policiais militares do 21º BPM (São João de Meriti) a dois ocupantes de uma moto. Os PMs alegam que trocaram tiros com os suspeitos. Já parentes de Ingrid sustentam que somente os policiais atiraram. As armas dos PMs foram entregues à Polícia Civil para serem periciadas. Os policiais foram afastados das ruas e estão fazendo atividades administrativas. Um Inquérito Policial Militar (IPM) foi aberto para apurar as circunstâncias do crime.

Análise de dados
Procurada, a assessoria de imprensa da Secretaria de Segurança (Seseg) informou que vai esperar fechar o semestre para analisar os dados oficiais de vítimas de bala perdida no período de julho até dezembro.
Fonte: Extra

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